O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demitiu o general Charles Q. Brown, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, na sexta-feira (21). A decisão, que vinha sendo especulada há semanas nos bastidores do Pentágono, faz parte de uma ampla reformulação na liderança militar do país. Para o cargo, Trump indicou o ex-tenente-general da Força Aérea, John Dan “Razin” Caine, tornando-o o primeiro oficial da reserva a assumir essa posição.
Mudanças estruturais nas Forças Armadas
Além da demissão de Brown, Trump afastou outros cinco altos oficiais, incluindo a almirante Lisa Franchetti, chefe da Marinha e primeira mulher a ocupar um cargo no Estado-Maior Conjunto. O republicano também exonerou o vice-chefe de gabinete da Força Aérea e os juízes advogados-gerais do Exército, da Marinha e da Força Aérea, cargos essenciais para a supervisão da justiça militar.
O próprio Trump confirmou as decisões por meio de uma postagem no Truth Social, onde afirmou que também está avaliando mais cinco substituições para cargos de alto escalão. “Precisamos de lideranças fortes e comprometidas com a segurança nacional americana”, escreveu.
Impacto e reação política
A decisão provocou fortes reações no Congresso. Parlamentares democratas criticaram a medida, classificando-a como uma politização perigosa das Forças Armadas. O deputado Seth Moulton, democrata de Massachusetts, afirmou que “essa é a definição de politizar o Exército” e alertou para possíveis impactos na segurança nacional.
Dentro do Pentágono, as mudanças sinalizam um período de incerteza. Especialistas apontam que a nova política de Trump, baseada no lema “America First” (EUA em primeiro lugar), deve influenciar significativamente as mobilizações militares e o orçamento da Defesa.
Fonte: cnnbrasil.com.br/infomoney.com.br