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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou no último domingo (2.fev.2025) que imporá tarifas sobre produtos da União Europeia. Segundo ele, as sanções são essenciais para equilibrar o déficit comercial dos EUA com o bloco, que supera US$ 350 bilhões anuais. “Eles não aceitam nossos carros nem nossos produtos agrícolas. Nós compramos tudo deles, mas eles quase não pegam nada nosso”, declarou Trump.
As tarifas propostas seguem a mesma linha das sanções aplicadas ao Canadá, México e China, com taxas de até 25% sobre diversos produtos importados. A medida pode entrar em vigor em 4 de fevereiro, salvo um acordo de última hora entre os países. Trump também revelou que conversaria com o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, sobre as sanções.
A União Europeia reagiu prontamente à declaração do presidente norte-americano. A Comissão Europeia afirmou que o bloco responderá “com firmeza” caso as tarifas sejam implementadas. “A UE acredita que taxas comerciais baixas impulsionam o crescimento econômico. No entanto, se tarifas injustas forem impostas, tomaremos medidas necessárias para proteger nossa economia”, declarou um porta-voz.
Retaliação internacional e impacto econômico
Outros países também se posicionaram contra a medida. O governo canadense prometeu retaliar com tarifas de 25% sobre produtos norte-americanos, totalizando US$ 106 bilhões em tributação. No México, a presidente Sheinbaum anunciará contramedidas nesta segunda-feira (3.fev). Já a China, que enfrenta sanções de 10%, alertou que responderá com “contramedidas correspondentes”, sem especificar detalhes.
Marc Ferracci, ministro da Indústria da França, reforçou que a União Europeia precisará agir contra as ameaças comerciais de Trump. “É evidente que não podemos ficar de braços cruzados. Aguardamos as próximas decisões da administração norte-americana”, afirmou.
Especialistas alertam que as novas tarifas podem desencadear uma guerra comercial de grandes proporções, impactando cadeias globais de suprimentos e elevando a inflação. Além disso, setores como automobilístico e agropecuário podem sofrer severas consequências.
Trump, por sua vez, reforçou que sua administração não recuará diante das retaliações. “Eles precisam equilibrar o comércio primeiro”, afirmou, sugerindo que está disposto a endurecer ainda mais as sanções.
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poder360.com.br/jovempan.com.br