O Governo do Estado do Rio de Janeiro oficializou uma parceria estratégica com a multinacional chinesa Envision Energy, que promete transformar o estado em referência global em energia limpa. O acordo prevê investimentos de até R$ 5 bilhões até 2033 e a geração de mil empregos durante a primeira fase da construção de um hub industrial sustentável.
Durante reunião no Palácio Guanabara, nesta quinta-feira (22), o governador Cláudio Castro recebeu executivos da Envision e definiu os próximos passos do projeto, que integrará produção tecnológica, inovação e transição energética. A iniciativa é resultado de articulação internacional iniciada em Xangai, onde o governador apresentou os atrativos logísticos, fiscais e produtivos do estado.
Parceria mira combustíveis do futuro
O plano contempla a instalação do primeiro Parque Industrial Net-Zero da América Latina, voltado à produção de combustíveis sustentáveis como o SAF (combustível sustentável para aviação), hidrogênio verde e amônia verde. Esse complexo será construído no território fluminense, com potencial apoio do BNDES e da FINEP.
“O Rio de Janeiro está pronto para liderar a transição energética global. Temos infraestrutura, recursos humanos e vontade política para inovar”, afirmou Cláudio Castro. Segundo ele, o estado pretende ir além da exportação de matérias-primas, agregando valor com produção e pesquisa locais.
Integração com universidades e inovação
O projeto prevê ainda a criação de um centro de inovação com parcerias entre universidades brasileiras e internacionais. Essa integração visa fomentar a pesquisa em combustíveis limpos e formar profissionais especializados para um mercado em plena expansão.
Bella Zhang, head global de estratégia para SAF da Envision, destacou a importância estratégica do Brasil no plano global da companhia: “Queremos escalar nossa produção de combustíveis verdes, e o Brasil tem papel fundamental nisso”.
Oportunidade para o Brasil agregar valor ao etanol
Com cerca de 80% da produção mundial de etanol concentrada entre Brasil e Estados Unidos, o governo fluminense quer aproveitar essa vantagem para impulsionar a fabricação de combustíveis de baixo carbono. A nova planta conectará a cadeia produtiva existente de etanol e biomassa às crescentes demandas dos setores aéreo e marítimo.
Fontes: www.rj.gov.br/
 
								 
 
															 
								 
								 
								 
								 
								