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Projeto do governo sobre novo refis recebe 127 emendas na Alerj

proposta que cria novo programa de parcelamento de dívidas no rio de janeiro retorna às comissões após receber diversas emendas de deputados.

O plenário da assembleia legislativa do estado do rio de janeiro (alerj) discutiu nesta terça-feira (07/10) o projeto de lei complementar 41/25, enviado pelo poder executivo, que propõe um novo programa de refinanciamento de dívidas fiscais (refis) com descontos que podem chegar a 95%. Durante o debate, os parlamentares apresentaram 127 emendas com o objetivo de aperfeiçoar o texto.

Agora, o projeto retorna às comissões temáticas da casa para que sejam emitidos novos pareceres sobre as emendas. A expectativa é que a votação final aconteça nas próximas semanas, após a consolidação de um novo relatório.

Proposta prevê parcelamento de até 180 meses e grandes descontos

O programa permitirá o parcelamento de créditos tributários e não tributários gerados até 28 de fevereiro de 2025. Para o público geral, o pagamento poderá ser feito em até 90 parcelas, com redução de juros e multas que pode chegar a 95%.

Para empresas em recuperação judicial ou em estado de falência decretada, a proposta prevê condições ainda mais alongadas, com possibilidade de quitação em até 180 parcelas mensais e consecutivas.

Segundo o governo estadual, o novo refis poderá gerar um impacto positivo de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões na arrecadação do tesouro fluminense.

Emendas visam proteger o caixa do estado e privilegiar bons pagadores

Deputados como arthur monteiro (união), presidente da comissão de tributação, defenderam a limitação do refinanciamento apenas para créditos já inscritos em dívida ativa. Para ele, isso garante segurança jurídica e maior previsibilidade no processo de cobrança.

Outras emendas buscam privilegiar contribuintes adimplentes, ajustar percentuais de desconto e reforçar mecanismos de controle e transparência no uso do programa.

Uso de precatórios como compensação divide opiniões

Um dos pontos mais polêmicos do projeto diz respeito à possibilidade de compensação de débitos com precatórios próprios ou de terceiros. A proposta permite a troca com deságios de até 70% do valor dos encargos legais, embora restrinja essa prática para débitos de ICMS e IPVA.

O deputado luiz paulo (psd) criticou o uso de precatórios de terceiros adquiridos no mercado com deságio, alegando prejuízo ao erário. Ele também propôs que o programa só entre em vigor após a adesão oficial do estado ao propag, o programa de pleno pagamento de dívidas dos estados.

A deputada elika takimoto (pt) também se manifestou favorável à restrição de benefícios para grandes devedores, defendendo relatórios públicos detalhados sobre a adesão ao programa.

Condições de pagamento previstas no projeto

O texto do executivo detalha as formas de adesão ao novo refis. Para contribuintes em geral, as condições são as seguintes:

  • pagamento à vista: desconto de 95% em juros e multas
  • até 10 parcelas: 90% de desconto
  • até 24 parcelas: 60% de desconto
  • até 60 parcelas: 30% de desconto
  • até 90 parcelas: sem desconto

para empresas em recuperação judicial ou falência, o escalonamento de descontos varia entre 95% e 65%, conforme o número de parcelas, podendo chegar a 180 parcelas.

Fontes: alerj.rj.gov.br

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