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Lei prevê incentivo à doação de sangue e medula em receituários médicos no RJ

Frases motivacionais poderão ser inseridas em receitas da rede pública para aumentar estoques e estimular a solidariedade entre os pacientes.

O Governo do Rio de Janeiro sancionou a Lei 10.965/25, que autoriza a inclusão de frases de incentivo à doação de sangue e medula óssea em receituários médicos e odontológicos simples. A norma, de autoria do deputado Dr. Pedro Ricardo (PP), foi aprovada pela Assembleia Legislativa (Alerj) e publicada no Diário Oficial em 26 de setembro de 2025.

A medida abrange a rede pública estadual de saúde e tem como principal objetivo estimular a solidariedade e reforçar os estoques dos hemocentros e bancos de medula, que sofrem quedas recorrentes.

Estoques de sangue e medula em queda preocupam o sistema de saúde

Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 2019 e 2020, o país registrou uma redução de 15% a 20% nas doações de sangue. No mesmo período, o Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) contabilizou uma queda de 30% nas doações.

Esses números alarmantes motivaram a criação da nova lei. A ideia é utilizar a comunicação direta nos receituários como um canal de conscientização, alcançando pessoas já inseridas no sistema de saúde.

Ações simples, impactos duradouros

As mensagens poderão conter frases curtas, de fácil compreensão e com apelo emocional, incentivando o paciente a refletir sobre o impacto social da doação voluntária. A lei não obriga a inclusão das mensagens, mas estimula sua adoção como prática institucional.

O deputado Dr. Pedro Ricardo explicou que a falta de doadores compromete o tratamento de milhares de pessoas.

Queremos transformar um simples receituário em um convite à solidariedade e ao compromisso com a vida”, afirmou o parlamentar.

Iniciativa une saúde, cidadania e empatia

A medida representa um passo importante na humanização do atendimento médico e no fortalecimento de políticas públicas voltadas para a doação voluntária e consciente.

Além disso, o texto reforça o papel do SUS como agente promotor de cidadania ativa, integrando ações de saúde com campanhas de mobilização social de baixo custo e alto impacto.

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