ALERJ - Transforma sua vida

Governo recua e revoga nova regra sobre o monitoramento do Pix após repercussão negativa e fake news

O Ministro da Fazenda afirmou que há crimes em relações de consumo e acionou a AGU para medidas judiciais.

Após uma onda de desinformação que gerou pânico na população, o governo federal decidiu revogar a norma que ampliava a fiscalização sobre as transferências via Pix. A medida, que entrou em vigor no início de janeiro, foi alvo de rumores falsos que afirmavam que as transações seriam taxadas, gerando um desgaste significativo.

Em entrevista à imprensa, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, anunciou que a regra seria revogada após o intenso debate causado por notícias falsas. “Nos últimos dias, pessoas distorceram o ato da Receita, causando pânico. Apesar de todo nosso trabalho, esse dano é continuado. Por isso, decidi revogar esse ato”, explicou Barreirinhas.

A decisão foi tomada após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Haddad também confirmou que o governo elaborará uma Medida Provisória (MP) para garantir que o Pix não seja taxado, reforçando que o sistema de pagamentos instantâneos continuará com o princípio de gratuidade e sigilo.

A fake news que causou o pânico

O principal motivo para o recuo do governo foi a disseminação de fake news que alegavam que a Receita Federal implementaria a cobrança de impostos sobre o Pix. Essas informações falsas se espalharam rapidamente, gerando um pânico desnecessário na população. O ministro Fernando Haddad condenou duramente a manipulação de informações e alertou que o governo estudava ações criminais contra aqueles responsáveis por espalhar as mentiras. “Estamos discutindo providências, inclusive criminais, contra quem está fazendo fake news e contra quem está aplicando golpes”, afirmou Haddad.

O que estava realmente acontecendo?

A nova norma da Receita Federal não visava tributar as transferências via Pix, mas sim ampliar o monitoramento das movimentações financeiras. O objetivo da fiscalização era identificar grandes movimentações de dinheiro que possam estar relacionadas a atividades suspeitas, como lavagem de dinheiro. A Receita Federal passou a exigir que as fintechs (instituições financeiras digitais) também reportassem transações superiores a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para empresas. Essas transações seriam informadas à Receita para análise, mas sem detalhes sobre o destinatário ou a natureza da transação, mantendo o sigilo.

As notícias falsas distorceram a informação, levando muitas pessoas a acreditar que o governo estava preparando uma taxação sobre o Pix. Para esclarecer, o governo reitera que o objetivo da medida era apenas monitorar transações de valores elevados para combater atividades ilícitas.

Próximos passos

Com a revogação da medida e a promulgação da MP que reforça o sigilo e a gratuidade do Pix, o governo espera dissipar as dúvidas e garantir que o sistema de pagamentos instantâneos continue livre de tributos. A norma revogada, que visava aumentar o monitoramento das transações, causou um alvoroço desnecessário, e agora o governo se prepara para tomar medidas legais contra aqueles que espalharam desinformação.

Deixe um comentário

Você também pode gostar

Alerj promulga novas leis após derrubada de vetos do executivo no Rio de Janeiro

assembleia derruba vetos do governo e promulga 10 leis que impactam segurança pública, saúde, transporte e direitos do consumidor

Agora é Lei: Refugiados e resgatados da escravidão terão vagas de emprego no Rio de Janeiro

lei sancionada por cláudio castro garante reserva de vagas em empresas prestadoras de serviço ao estado do Rio

Agora é Lei: Incentivos fiscais no Rio de Janeiro serão reduzidos gradualmente até 2032

nova lei sancionada por cláudio castro altera regras do fundo orçamentário temporário e amplia compensações fiscais para empresas beneficiadas