Durante a reinauguração do Palácio Capanema nesta terça-feira (20), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), pediu oficialmente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que a cidade seja reconhecida como “capital honorária” do Brasil.
O pedido ocorreu em um tom descontraído, mas firme. Paes destacou que o título não implicaria em mudanças administrativas ou em qualquer custo para o governo federal. Segundo ele, trata-se de um ato simbólico, destinado a reforçar o papel cultural e diplomático do Rio no cenário nacional e internacional.
Justificativa Simbólica e Cultural
O prefeito explicou que o título de capital honorária serviria como reparação histórica. Desde que Brasília se tornou a capital federal em 1960, o Rio perdeu protagonismo institucional, apesar de continuar sendo o principal cartão postal do Brasil.
“Não estou pedindo verbas, nem estruturas. Peço apenas que se reconheça o valor histórico e representativo do Rio de Janeiro para o país”, afirmou Paes.
Além disso, ele ressaltou que o Rio já vem exercendo essa função simbólica ao sediar eventos de grande importância, como o G20 e a próxima cúpula do BRICS.
Estudo e Propostas Concretas
A proposta é respaldada por um estudo técnico de 61 páginas. O documento recomenda que o reconhecimento ocorra por meio de decreto presidencial, evitando a necessidade de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) ou nova legislação.
Entre as medidas complementares sugeridas, estão:
- Proibição da retirada de órgãos federais do Rio
- Instalação de gabinetes de entidades culturais na cidade
- Manutenção dos hospitais federais
- Conclusão de obras inacabadas, como a nova sede da Casa da Moeda
- Reconstrução simbólica de patrimônios demolidos
A criação de um comitê de gestão do patrimônio federal no Rio também integra a proposta. Além disso, Eduardo Paes planeja que o decreto seja assinado durante a cúpula do BRICS, prevista para julho, reforçando o simbolismo da medida.
Contexto Histórico do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro foi capital do Brasil por mais de 200 anos, desde o período colonial até a inauguração de Brasília. A cidade abrigou o governo central durante fases cruciais da história brasileira, tornando-se um ícone nacional.
Portanto, Paes acredita que reconhecer o Rio como capital honorária é um ato de justiça histórica e valorização cultural, sem impactos administrativos.
Fontes: metropoles.com/diariodorio.com
 
								 
 
															 
								 
								 
								 
								 
								