O Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, recebe nesta segunda-feira (28) a primeira reunião de chanceleres do Brics durante a presidência brasileira do bloco. O evento, presidido pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, é crucial para alinhar as posições a serem defendidas na cúpula de chefes de Estado, marcada para os dias 6 e 7 de julho, também na capital fluminense.
Diálogo e Cooperação Multilateral
Os ministros e embaixadores dos países integrantes do Brics – Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, e países convidados – se reuniram para discutir temas globais, como política internacional, comércio, saúde e o desenvolvimento institucional do bloco. Entre os tópicos principais estão os conflitos em andamento, como as guerras na Faixa de Gaza e na Ucrânia, além das tensões políticas na África.
Destaques do Encontro
O ministro Mauro Vieira ressaltou em seu discurso que o Brics está em uma posição única para promover a paz e a estabilidade mundial, baseando-se em diálogo e cooperação multilateral. Vieira afirmou que o grupo deve buscar soluções diplomáticas para os conflitos, sem impor a paz, mas construindo-a a partir de uma base de respeito ao direito internacional e à igualdade soberana dos Estados.
O chanceler brasileiro também criticou a situação atual em Gaza, pedindo a retirada das forças israelenses da região, a libertação de reféns e a entrada de assistência humanitária. “O sofrimento humano jamais deve ser instrumentalizado”, disse o ministro, reforçando a necessidade urgente de um cessar-fogo permanente.
Brasil Defende Soluções Diplomáticas
O Brasil, junto com a China, organizou uma reunião de alto nível em setembro do ano passado, em Nova York, para criar o Grupo de Amigos da Paz, um esforço internacional para a resolução pacífica do conflito na Ucrânia. Vieira destacou que o Brics continua comprometido com a busca de uma solução política para os conflitos, com ênfase no respeito aos princípios da Carta das Nações Unidas.
Enfrentando Crises Regionais e Globais
Durante a reunião, o ministro também abordou crises em outras partes do mundo, incluindo o Haiti, onde gangues armadas têm desmantelado a ordem pública, e as tensões no Sudão, Chifre da África e Grandes Lagos. A assistência humanitária, segundo Vieira, deve ser fornecida de maneira imparcial e sem restrições.
O encontro também serviu para discutir o papel vital do Brics em tempos de incerteza geopolítica, com 11 países representando quase metade da população mundial. O bloco, que reúne potências emergentes e países em desenvolvimento, busca reformar a governança global, incluindo a ampliação do Conselho de Segurança da ONU.
O Brics e Suas Prioridades
O Brics agora conta com 11 países e busca fortalecer a cooperação entre os estados-membros para promover a paz, o desenvolvimento econômico e a justiça social. O Brasil, em sua presidência temporária, trouxe à tona temas como cooperação do Sul Global e parcerias para o desenvolvimento social, econômico e ambiental.
Conclusão e Expectativas
A reunião dos chanceleres marca o início de um processo diplomático importante, preparando o terreno para a cúpula de líderes em julho. O Brics se apresenta como uma força vital para o multilateralismo, sempre buscando uma solução pacífica para os conflitos internacionais e defendendo uma governança global mais justa e equilibrada.
Fontes: odia.ig.com.br/agenciabrasil.ebc.com.br
 
								 
 
															 
								 
								 
								 
								 
								