A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) deu início à primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre a recomposição salarial dos servidores públicos estaduais. Criado para discutir a demanda histórica da categoria, o grupo foi idealizado pelo presidente da Alerj, deputado Rodrigo Bacellar (União). A comissão reúne parlamentares de diferentes partidos, como Rodrigo Amorim (União), Luiz Paulo (PSD), Flávio Serafini (PSOL), Marcelo Dino (União) e Tia Ju (Republicanos).
Reajuste ainda pendente
A recomposição salarial dos servidores estaduais é uma reivindicação antiga da categoria, que sofre com perdas inflacionárias acumuladas entre 2017 e 2021. De acordo com a Lei 9.436/2021, o reajuste foi dividido em três parcelas, sendo que o Poder Executivo ainda não quitou a segunda parcela de 6,5%. Enquanto outros órgãos, como a Alerj, o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a Defensoria Pública, já pagaram as suas parcelas, o governo estadual ainda não incluiu o reajuste no orçamento de 2025.
Críticas à ausência do Executivo
Durante a reunião, o deputado Luiz Paulo (PSD) criticou a falta de comprometimento do Executivo com o pagamento da reposição salarial. “É inaceitável que todos os poderes tenham recebido a reposição, menos o Executivo, que administra o cofre. Olha que contradição”, afirmou o parlamentar. O deputado Flávio Serafini (PSOL) também expressou sua preocupação com a situação dos servidores e a defasagem salarial. “Sem servidores respeitados e minimamente valorizados, não há como oferecer serviços públicos de qualidade”, comentou Serafini.
Próximos passos e ação conjunta
Após o Carnaval, os parlamentares planejam uma nova reunião com os servidores públicos para discutir as necessidades de cada setor e apresentar uma proposta viável. Além disso, uma reunião com representantes do governo estadual será agendada para fazer um levantamento sobre as condições orçamentárias e garantir que a recomposição salarial seja efetivada. Rodrigo Amorim (União) destacou a importância de unir forças para pressionar o governo estadual e buscar uma solução definitiva para a categoria.
Fontes: extra.globo.com/diariodorio.com