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Alerj aprova cota de “Ingresso Social” em jogos no RJ; até 18% da carga com preço popular

Projeto de Alexandre Knoploch passa em 1ª votação e determina teto de 1,5% do salário mínimo por bilhete, além de limitar repasse da Ferj a 1% da arrecadação; texto ainda vai à 2ª discussão.

Imagem: Por Thiago Lontra
A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou nesta quinta-feira (04/09), em primeira discussão, o PL 5.189/2025, do deputado Alexandre Knoploch (PL), que obriga estádios com 35 mil lugares ou mais a destinarem no mínimo 18% da carga de bilhetes à categoria Ingresso Social. O projeto define teto de preço para esse bilhete equivalente a 1,5% do salário mínimo e estabelece limite de 1% da arrecadação para o repasse à Ferj. A proposta ainda precisa ser votada em segunda discussão antes de seguir para sanção.

Pelo texto, clubes e promotores terão que separar 18% da carga total de ingressos como Ingresso Social, quando a partida ocorrer em estádios com capacidade igual ou superior a 35 mil. A Ferj fica limitada a até 1% da arrecadação bruta com ingressos. Em caso de descumprimento, há multa de 20% da renda e, em reincidência, impedimento de uso do estádio por até 6 meses, além de comunicação ao Ministério Público.

Quanto vai custar o Ingresso Social

O teto de preço é 1,5% do salário mínimo nacional vigente. Considerando a LDO aprovada para 2025 com salário mínimo de R$ 1.502, o limite estimado seria R$ 22,53 por bilhete (1% = R$ 15,02; 0,5% = R$ 7,51; soma = R$ 22,53).

Por que isso importa (contexto)

A discussão sobre preços de ingressos no Maracanã e em outras praças ganhou força em 2025, com relatos de aumentos acima da média e protestos de torcedores. A criação de uma cota social com preço popular mira repopularizar as arquibancadas e dialoga com a memória da antiga “Geral do Maracanã”.

Próximos passos

O PL 5.189/25 precisa de segunda votação em plenário. Se aprovado novamente, segue para sanção do governador. Até lá, regras de meia-entrada e demais políticas de venda de ingressos seguem como estão.

Segundo o autor, a medida busca “resgatar o caráter democrático do futebol fluminense”, retomando o espírito da Geral com preços acessíveis — objetivo alinhado ao foco de democratização do acesso presente na justificativa do projeto.

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