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Alerj cobra melhorias nas condições de trabalho das mulheres nas polícias Civil, Militar e Guarda Municipal

Comissão da Alerj discute desigualdade, assédio e infraestrutura inadequada para mulheres na segurança pública do Rio de Janeiro.

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou audiência pública nesta segunda-feira (25) para debater os desafios enfrentados pelas mulheres que atuam nas forças de segurança do estado. A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher destacou problemas como desigualdade de gênero, assédio moral e sexual, falta de infraestrutura adequada e baixa representatividade feminina em cargos de comando.

Encaminhamentos e reivindicações

A presidente da Comissão, deputada Renata Souza (Psol), anunciou que ofícios serão enviados às Polícias Civil, Militar e Guarda Municipal para exigir melhorias nas condições de trabalho. Entre as demandas estão a disponibilização de coletes adaptados ao corpo feminino, adequação de banheiros e alojamentos, criação de salas de amamentação e ampliação da presença feminina em cargos estratégicos.

“Quantas mulheres ocupam cargos de gestão na segurança pública? A representatividade é essencial para políticas eficazes de proteção feminina, mas ainda predominam decisões tomadas por homens, sem considerar as vivências das mulheres”, afirmou Renata Souza.

Desafios diários na carreira

A major da Polícia Militar, Bianca Ferreira, enfatizou a dupla missão das mulheres na corporação: servir a sociedade e romper barreiras internas. “Somos menos de 10% e ainda enfrentamos a falta de banheiros adequados, alojamentos e coletes compatíveis. Essa luta é por estrutura e respeito”, disse.

A sargento Ellen Santos, da Patrulha Maria da Penha, afirmou que a desigualdade aparece nas condições de trabalho e nas oportunidades de ascensão. “O machismo persiste, e quando surgem gratificações, os homens são lembrados antes das mulheres”, relatou.

Assédio moral e ambiente hostil

A delegada aposentada Sandra Ornellas, do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, ressaltou que o assédio moral é frequente e muitas vezes disfarçado. “Usam a ‘prisão geográfica’ como punição velada, transferindo policiais para unidades distantes sem critérios claros. Isso revela um ambiente ainda hostil”, explicou.

Glória Maria Bastos, coordenadora da Ronda Maria da Penha da Guarda Municipal, criticou soluções simbólicas e cobrou condições dignas para as mulheres. “Não basta pintar paredes de rosa. Precisamos de privacidade, infraestrutura adequada e presença feminina real em cargos de liderança”, destacou.

Fontes: alerj.rj.gov.br

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