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Bolsonaro convoca militância e impulsiona atos pela anistia no Brasil e no exterior

Ex-presidente busca apoio popular para pressionar o STF antes do julgamento sobre tentativa de golpe.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou a mobilização de sua militância para os atos pela anistia neste fim de semana. Além da manifestação principal, marcada para domingo (16) na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, eventos similares ocorrerão em 12 cidades no exterior no sábado (15). O objetivo é pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF), que julgará Bolsonaro e outros aliados no próximo dia 25 de março, podendo torná-los réus por tentativa de golpe de Estado.

Mobilização nacional e internacional

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Bolsonaro convocou brasileiros residentes no exterior a participarem dos protestos em defesa da anistia dos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Nos Estados Unidos, quatro cidades terão manifestações. Outras ocorrerão na Inglaterra, Itália, Suíça, Espanha, Portugal, Alemanha, Canadá e França.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) listou horários e locais das manifestações e destacou o apoio do grupo conservador Yes Brazil USA, que representa brasileiros nos EUA. Segundo ele, a participação internacional reforça a importância do movimento para a direita brasileira.

Ato em Copacabana e apoio político

O evento no Rio de Janeiro reunirá expoentes da direita brasileira em um carro de som para discursos sobre anistia, liberdade de expressão e críticas ao governo Lula. O pastor Silas Malafaia, organizador do ato, afirmou que não haverá restrições nos discursos. Além de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Gustavo Gayer (PL-GO) devem discursar. Governadores aliados, como Tarcísio de Freitas (SP), Cláudio Castro (RJ) e Jorginho Mello (SC), também foram convidados a falar.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro não comparecerá ao evento, pois se recupera de uma cirurgia estética. Já o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, confirmou presença e afirmou que seu discurso abordará temas como “pátria, família e liberdade”.

Anistia e estratégia política

O slogan “Anistia já” gerou divergências entre lideranças da direita. Parte da militância defende que o foco do protesto deveria ser o impeachment de Lula, alegando que a insatisfação popular com o governo impulsionaria mais adesão. Bolsonaro, no entanto, decidiu priorizar a anistia, argumentando que esse tema é essencial para garantir seu retorno ao cenário eleitoral.

O ex-presidente busca reverter sua inelegibilidade, que se estende até 2030. Seus aliados veem a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos como fundamental para essa estratégia, especialmente na construção de relações com o governo de Donald Trump.

Pressão sobre o STF e julgamento de Bolsonaro

O ato em Copacabana ocorre em um momento crítico para Bolsonaro. O STF julgará, em 25 de março, se aceita a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente e outros sete aliados. Caso isso ocorra, Bolsonaro se tornará réu e poderá enfrentar uma pena superior a 30 anos de prisão.

Desde os atos golpistas de janeiro de 2023, 480 pessoas foram sentenciadas, com penas que variam de um a 17 anos de prisão. Além disso, 155 réus seguem presos, enquanto 527 assinaram acordos de não persecução penal.

O governo Lula, por sua vez, adota uma postura de distanciamento. No Planalto, ministros afirmam que a manifestação bolsonarista não é uma prioridade e consideram improvável uma grande adesão popular.

Fontes:
gazetadopovo.com.br
noticias.uol.com.br

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